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Paço do Lumiar: Documentos comprovam que a prefeita Paula Azevedo tenta resguardar erário público e garantir salários de prestadores

Justiça do Trabalho realiza audiência de mediação na quarta feira entre o Município e o Instituto Bem Brasil

O adágio “quem paga mal paga duas vezes”, sintetiza o entendimento de que o devedor(Prefeitura) que efetua pagamento a pessoa diversa de seu credor(empresa), deve pagar também ao credor real(trabalhador).

Objetivando, exatamente, não adimplir duplamente, ocasionando perdas financeiras ao ente público, além de proteger o lado mais frágil na relação trabalhista, no caso, o contratado – que a Prefeitura de Paço do Lumiar recorreu à Justiça do Trabalho, conforme documento abaixo publicado, para mediar uma audiência na próxima quarta-feira(11) com o Instituto Interamericano de Desenvolvimento Humano – Bem Brasil.

De acordo com a prefeita Paula Azevedo(PCdoB), essa medida foi adotada depois que a empresa passou a descumprir cláusulas contratuais, entre elas, atraso de salário. “Por temer calote aos funcionários e problemas contra a Administração Pública, ainda no final de abril, a Procuradoria ajuizou petitório, requerendo mediação do órgão trabalhista”, explicou a gestora.

Na manhã de ontem, dezenas de terceirizados bloquearam a MA-201 para protestar contra a falta de pagamento, já que a empresa para se eximir, tenta transferir ao ente público uma responsabilidade que não é dele.

ENTENDA O CASO:
Quando a prefeita assumiu a gestão, ainda em 2019, o Instituto Bem Brasil já havia sido contratado para executar serviço de limpeza e agente de portaria. Ocorre que antes de findar o contrato, novo processo licitatório foi aberto e a empresa não venceu, passando a atrasar os salários dos contratados.

Juridicamente e conforme previsão contratual, a Administração Pública possui poder fiscalizatório diante de seus prestadores, por isso o município pode reter os salários, haja vista ausência de regularidade com as obrigações trabalhistas.

“Eu entendo a situação e lamento pelos servidores, mas, infelizmente, eu não posso ser irresponsável. O município responde subsidiariamente pelo contrato. Quando protocolamos o pedido de mediação foi justamente pensando em evitar dano ao erário e em resguardar o direito dos próprios funcionários. Espero que na audiência esse imbróglio seja resolvido”, finalizou a prefeita.

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