Pai de vereador de Itapecuru-Mirim é condenado a 08 anos por roubo a banco em Alto Alegre do Pindaré

Luís Alberto Lago Sousa e outros dois acusados devem cumprir a pena privativa de liberdade em regime fechado

O pai do vereador de Itapecuru-Mirim, Jarderson Whanderson Pacheco de Sousa – o Neném Barradas (PMN), um senhor identificado por Luís Alberto Lago Sousa, foi condenado nesta terça-feira a oito anos de prisão pelo roubo à agencia do Banco Bradesco do município de Alto Alegre do Pindaré ocorrido no dia 03 de março de 2008.
A sentença da juíza Ivna Cristina de Melo Freire, titular da 2ª Vara de Santa Luzia/MA, foi publicada no dia 15 de fevereiro deste ano, mas somente hoje a reportagem teve acesso a integra da decisão.

De acordo com os autos, além de Luís Alberto Lago Sousa, também foram condenados Adalton Gomes Martins e José Estevam Paiva. Na denúncia, o Ministério Público argumenta que os acusados se associaram e subtraíram para si, mediante violência e grave ameaça, com uso de armas de fogo e restringindo a liberdade de terceiros, o veículo automotor conduzido pela vítima Oseas Rocha Moura e quantia em dinheiro pertencente ao Banco Bradesco, bem como danificado a Delegacia local em razão dos disparos efetuados.

“Iniciadas as investigações, foram informados que a quadrilha estava na cidade de Buriticupu/MA, tendo diligenciado até aquele município, localizado o esconderijo e montado campana. No dia seguinte, o acusado Luís Alberto Lago Sousa, vulgo “Luizinho da Norsegel”, deu apoio logístico aos integrantes da organização criminosa, fornecendo o veículo Renault Clio, placa HPK-7287, cor preto, para que o réu Adalton Gomes Martins, vulgo “Pardal”, trouxesse os membros da organização criminosa até esta cidade, onde desembarcaram dois ocupantes, e depois seguiram em direção à cidade de Alto Alegre do Pindaré/MA”, diz trechos da sentença.

Tanto as investigações quanto os depoimentos apontam o pai de Neném Barradas como um dos cabeças que deram suporte à quadrilha que efetuou o roubo à agencia bancaria, inclusive, causando prejuízos ao patrimônio público.

Em depoimento, os Investigadores de Polícia Civil João Batista Marques dos Santos e Paulo Ernesto Leite Silva, durante suas oitivas em Juízo, ratificaram os termos de suas oitivas em sede policial e apresentaram versão semelhante à da testemunha George Luís Pereira Nogueira, inclusive, fazendo menção a toda ação da quadrilha desde a cidade de Buriticupu/MA até o cometimento do crime na cidade de Alto Alegre do Pindaré/MA.

“Asseverou, ainda, que os criminosos estavam armados com pistolas e fuzis, fornecidos pelo acusado José Estevam Paiva, vulgo “Bigodinho”. Já os acusados Adalton Gomes Martins, vulgo “Pardal”, e Luís Alberto Lago Sousa, vulgo “Luizinho da Norsegel”, deram apoio logístico aos assaltantes, fornecendo hospedagem e veículo para transporte até o local do cometimento dos crimes”, destaca outro trecho do documento judicial.

Em sua decisão, a magistrada afirmou que o início do cumprimento da pena privativa de liberdade para os acusados é o estabelecido na lei quando da aplicação da pena. No entanto, considerando que permanecem ausentes os fundamentos para decretação de prisão dos acusados, entendeu que os acusados deverão, nesse momento, permanecerem em liberdade, razão pela qual concedeu o direito de os acusados recorrerem em liberdade.

Após a revelação de que o pai do parlamentar itapecuruense é assaltante de banco, muitas perguntas vieram à tona como, por exemplo, a que trata do financiamento de campanha eleitoral.

Afinal, o dinheiro de Neném Barradas usou em 2020 e que pretende usar em 2024 é fruto desse assalto praticado por seu genitor? As empresas da família, uma delas comandadas por seu irmão, foram criadas para eventual lavagem desse dinheiro ilícito? O que foi feito com os valores do assalto ao banco? Onde foi empregado esses recursos?

Para responder essas e outras dúvidas, a partir de hoje, iremos lançar uma série especial que pretende trazer todas as respostas por trás desse roubo milionário no Bradesco de Alto Alegre.

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