Claudia Sheinbaum será a primeira mulher a presidir o México

Pela primeira vez em sua história, o México será presidido por uma mulher. Dados preliminares divulgados pela autoridade eleitoral do país indicam que a esquerdista Claudia Sheinbaum, de 61 anos, ex-prefeita da Cidade do México, foi eleita com uma com uma margem de quase 30 pontos sobre sua principal concorrente, a senadora e empresária de centro-direita Xóchitl Gálvez, também de 61 anos. Sheinbaum, que toma posse no dia 1º de outubro, é afilhada política do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, e já disse que fará um governo de continuidade, no que chama de “segundo andar” das reformas introduzidas pelo atual mandatário. Formada em Física com doutorado em Engenharia Energética, a futura presidente tinha uma carreira sólida como cientista nos EUA, especializada em mudanças climáticas, antes de entrar para a política como secretária do Meio Ambiente da capital quando López Obrador era prefeito. Os eleitores também escolheram todos os membros do Congresso e governadores de oito estados, bem como o chefe do governo da Cidade do México. O fato de as duas principais candidatas serem mulheres foi um marco em um país com tradição machista como o México.

Impulsionado por ativistas feministas, o México adotou ao longo dos últimos anos leis cada vez mais amplas que incentivam uma maior represestação das mulheres na política, incluindo na Constituição, em 2019, a paridade de gênero nos três poderes. Hoje, metade do Legislativo é composto por mulheres. E elas chefiam o Supremo Tribunal, ambas as casas do Congresso e o Banco Central. Também estão à frente dos ministérios do Interior, Educação, Economia, Segurança Pública e Relações Exteriores.

Claudia Sheinbaum será a sucessora de Andrés Manuel López Obrador, atual presidente que a apoiou nas eleições. De acordo o Instituto Nacional Eleitoral, a candidata teve de 58,3% a 60,7% dos votos.

 

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