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A FISIOLOGIA DA DEPRESSÃO

Por Itamargarethe Corrêa Lima
Jornalista-radialista-advogada, pós-graduada em direito tributário, penal e processo penal, pós graduanda em direito civil, processo civil e docência do ensino superior.

No nosso segundo encontro, dando continuidade ao bate papo sobre transtornos psíquicos e mentais com ênfase à depressão, já que a compreensão torna o fardo mais leve tanto para quem vive o problema de forma direta (paciente) quanto indireta (familiares e amigos), o propósito é levar à baila informações que possam ajudar no enfrentamento desse difícil processo patológico, silencioso e, na atualidade, vivenciado por mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo.

Na semana passada focamos nos fatores internos que podem afetar o emocional, principalmente quando associado duas ou mais causas, sendo elas: genética ou histórico familiar, temperamento, condições ambientais, sedentarismo, dieta desbalanceada, vícios e abusos de substâncias (drogas lícitas ou ilícitas, jogos, internet) ou qualquer outro hábito nocivo.

Hoje, abordaremos às causas externas, aquelas inexplicáveis e nominadas pelos especialistas como traumas e frustrações. Ambas, assim como os fatos interiores, também podem ser o gatilho para eclosão da doença.

E objetivando alcançar nosso propósito, com base na dicotomia dos ensinamentos acadêmicos, vamos tentar responder perguntas que brotam do imaginário popular, sintetizando os efeitos causados pelas perturbações e decepções.

Entretanto, embora estejamos diante de um tema bastante técnico, para alçar tal feito, faremos uso de uma linguagem clara e direta, pois mais do que viver o distúrbio, o deprimido precisa entender o que acontece com ele mesmo.

Vamos em frente: quando você sofre um abalo e/ou traumatiza falamos de determinado fato que marcou sua vida de maneira decepcionante. Já o desencanto/frustração – tem haver com desejar algo ou alguém e não conquistar, tipo: a família sem imperfeições, marido ou esposa fiel, bonito (a), carinhoso (a) e rico (a), filhos inteligentes e bem posicionados, emprego rentável, ausência de enfermidades, viagens, ou seja, um “mundo perfeito” e quase sempre alicerçado na materialidade.

A partir de então, mesmo não sendo da área, conforme anteriormente mencionado, discorremos um pouco sobre a parte científica do que acontece no psíquico de quem enfrenta um quadro depressivo. Sigamos!

Os abalos e desilusões ocasionam uma forma de pensar que influenciam a mente, emanando fluídos através do campo eletromagnético, que perpassa numa região do cérebro chamado sistema limbo hipotalâmico (decodificador das respostas emocionais).

Nesta cadeia cerebral, uma das ordenações neurais mais importantes, oportuno compreender situações distintas, porém relevantes. A construção das intenções é levada ao cérebro percorrendo a radiação eletromagnética, e fazendo com que o pensamento funcione
como uma espécie de linguagem energética, decifrada exatamente pelo hipotálamo.

As células e os neurônios não são unidos, contudo se comunicam através dos neurotransmissores. E é no límbico que se revertem às decodificações, liberando informações químicas ao cérebro e corpo.

Para aqueles que convivem com a enfermidade, o hipocampo (estrutura localizada no lobo temporal), principal sede de recordação, é outra pequena formação na região craniana determinante para o deslinde dos desarranjos mentais. Lá, além de novas memórias, aprendizado e emoções, localiza-se o orbito frontal lateral e orbito frontal medial, superfície excessivamente afetada nos doentes.

Sabe por quê? Porque o orbito frontal medial guarda as emoções positivas, exemplos: a beleza de uma obra de arte, o afeto, o receber de uma dádiva, enquanto o orbito frontal lateral margeia as lembranças negativas.

E não estamos diante de uma simples e feliz coincidência. A aflição afeta, propositalmente, o espaço que guarda as boas recordações, fazendo com que o depresso direcione o pensar somente às coisas ruins, razão pela qual se nota resistência no esquecimento dos fatos danosos, haja vista que à frequência recorrente do que é maléfico libera os hormônios perturbadores ligados a tais memoração.

Oportuno salientar que o transtorno não acomete somente a mente. A parte física também é afetada, o que acaba por inviabilizar o funcionamento organizacional celular. Pois a forma de pensar encontra no mitocôndria das células eucarióticas uma organela responsável, entre outras funções, pela respiração celular e produção energética.

Dentro deste organoide está uma unidade de força psicossomática denominada bióforo (faz a capitação do pensamento e citado pela primeira vez pelo cientista alemão Erwin Schrodinger) e à proporção que captam, aglutinam-se para formar e reconstituir tecidos danificados.

Portanto, se a criatura estiver em paz, haverá a junção das células dotadas da mesma energia, formando cadeias cromossômicas no núcleo da mitocôndria. E isso permite que o ribossomo mensageiro transporte a cadeia de luz até a parte nuclear, gerando porções múltiplas, semelhantes e alinhadas no mesmo padrão vibratório.

O juízo possui ascendência nessa unidade de força psique e influência diretamente a partícula, danificando o corpo ou não, dependendo do tônus liberado. Mas como entender esses ensinamentos dominados, apenas, pela classe médica? Qual o efeito prático naquele que se encontra perturbado?

O pensamento é captado e a informação levada ao organismo, regenerando corpúsculo em conformidade à boa ou má ideia, ou seja, o bióforo leva os dados que interferem na formação do DNA, inclusive o celular, para que outros alvéolos sejam reproduzidos, funcionando, em uma linguagem de fácil cognição, ora como um sol irradiando brilho e calor, equilíbrio e harmonia, ou como tempestades, gerando raios e faíscas que desequilibram o ser.

Assim sendo, quando analisamos a fisiologia tomando como parâmetro os dados clínicos, a depressão é definida como um transtorno psicológico/psiquiátrico. Pergunta-se: Por quê?

A resposta é simples: a grande maioria dos doutores são céticos, materialistas e desprezam, por completo, os chamados eventos extra físicos.

A enfermidade, na visão dos catedráticos, é uma disfunção que ocasiona o mau funcionamento do cérebro na produção de determinados neurotransmissores ou hormônios. Para o tratamento, o mais comum é fabricar ou indicar a terapêutica de fármacos que estimulem a produção de serotonina, noradrenalina, as quais, de forma prática, apenas suavizam os sintomas dando aparência de melhora, já que mais de 70% reincidem.

Indaga-se: será que os pesquisadores descobrirão à cura? o foco do estudo não poderia ser, concomitantemente, tanto os efeitos quanto as causas da depressão?

Desafortunadamente, os galenos rechaçam que a mente não pertence ao corpo, mas, sim, ao espírito, por isso refutam que o condicionamento dos transtornos nasce no plano espiritual, sendo uma gradação do sentir, do pensar e do agir de forma contrária ao bem, amor e caridade.

Ignoram, também, que a inteligência estimula a produção de energias deletérias que se não forem drenadas pela corpulência adoecem de tal forma que maculam o eixo existencial. Destarte, numa ilação lógica, cérebro se liga a compleição física e mente ao espírito, fazendo com que os órgãos apenas reflitam as mazelas da alma.

Clinicamente, não se tem, ainda, causas que expliquem as “doenças do âmago” ou desordens emocionais. Todas, sem exceção, são patologias cercadas de mistério.

E é justamente quando deixamos de lado a parte fisiológica e focamos no distanciamento dos ensinamentos cristãos é que a análise da problemática muda, consideravelmente.

As causas externas que desencadeiam às crises, quando analisadas de forma desprovida de paixões, de sectarismo religioso, da frivolidade e apego às coisas materiais, são causas oriundas nas grandes chagas da humanidade: o orgulho e o egoísmo.

O depressivo evoluiu para esse estágio, tornando-se enfermo ao desejar que o mundo se converta a vontade dele, isolando-se dentro de uma atmosfera doentia, fundamentada na vaidade e imodéstia, deixando de nutrir a sociabilidade e os fluidos oriundos da divindade e do próximo.

Notadamente, é de se compreender que repercutira no corpo físico tudo que pensamos, devendo essa informação ser compartilhada. O atormentado(a) precisa não apenas tomar conhecimento, mas, também, compreender que para haver mudança na estrutura cerebral, faz-se necessário que ele modifique a tônica do que pensa, por conseguinte, da energia que emana.

E como conseguir isso? Este será o assunto que abordaremos semana que vem. Até breve!!

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